Seis mil torcedores coloriram o Newton de Faria na final

Zerosa Filho/CBFS Mil crianças de escolas municipais de Anápolis foram convidadas para a decisão

Anápolis (GO) - Infelizmente, para a torcida brasileira, a festa não foi completa no ginásio Newton de Faria. Depois de cinco títulos seguidos (todos invictos), o Brasil perdeu sua hegemonia no Grand Prix de Futsal para a bicampeã mundial Espanha, neste domingo (24/10), ao ser derrotado pelo placar de 2 a 1 no interior goiano.

A torcida, formada por seis mil expectadores (lotação máxima), tomou conta do ginásio internacional anapolino para apoiar a seleção brasileira de futsal, a única hexacampeã do mundo. Apesar da derrota, sem demérito algum, os torcedores não vaiaram o time em nenhum momento e ficaram nas arquibancadas até o último segundo de partida.

Colorido de verde, amarelo e azul, o Newton de Faria ficou bonito. Do público total presente, um mil era formado por crianças de escolas municipais de Anápolis, convidadas para o duelo derradeiro. A criançada, que fez muito barulho, torceu e tentou empurrar a nossa seleção rumo a mais uma vitória.

Sempre aos gritos de Brasil, Falcão (que segue em busca do 300º gol pela seleção) e companhia, a torcida brasileira até que tentou pressionar o experiente elenco espanhol, sem sucesso. Nos instantes finais, ao coro de “Brasil, Brasil, Brasil...”, os atletas brasileiros foram para o tudo ou nada com Falcão como goleiro linha, mas nem assim o pentacampeão do GP conseguiu chegar ao empate em solo goiano. Aliás, a última derrota para a Espanha (até então) também ocorreu no estado, 1 a 0 em Goiânia, no ano de 2005.

Soado o apito final, a torcedora Michele Rodrigues, de 25 anos, lamentou a perda do título, mas fez questão de ressaltar a força do futsal brasileiro. Ainda para a moradora de Goiânia, que se deslocou da capital apenas para acompanhar a decisão, a festa, apesar de incompleta, foi bonita.

“Nosso futsal ainda é o melhor do mundo. Não é porque perdemos hoje que deixamos de ser soberanos. O ginásio estava lotado e lindo. Infelizmente não vencemos, mas foi ótimo prestigiar o clássico, o maior da modalidade. Fiquei emocionada, pois por pouco não empatamos e não levamos o jogo pra prorrogação”, revelou a estudante de direito.