Pula é o goleador e confessa sentir falta de atuar no Brasil

24-10-2010 20:06
Zerosa Filho/CBFS

Pula saiu mais uma vez como artilheiro de um torneio internacional

Anápolis (GO) - Há quase sete anos atuando no futsal russo o fixo Pula vive um momento mais que especial em sua carreira. Como já é sabido, ele foi artilheiro da Copa do Mundo de Futsal no ano de 2008, com 16 gols. Agora em 2010, quis o destino que Pula voltasse ao Brasil defendendo a Rússia e que conquistasse mais uma vez o título de artilheiro, desta feita do Grand Prix 2010, com 11 gols marcados.

Pula confessa que é diferente atuar no Brasil. Mesmo com sua seleção não tendo conseguido um bom resultado (a Rússia ficou apenas na nona colocação, depois de ter tido uma má primeira fase e ter ficado de fora das finais), ele terminou o torneio como o goleador do torneio.

Ovacionado pela torcida presente ao ginásio da UniEvangélica, em Anápolis, Pula conseguiu um fato inédito: arrebanhar o torcedor brasileiro que torceu fervorosamente pela Rússia no Grand Prix. Na verdade, o torcedor anapolino não torceu propriamente para os russos, mas sim por Pula.

No anúncio dos nomes dos atletas no início das partidas, quando o nome do atleta brasileiro era anunciado, gritos de saudação ecoavam pelo ginásio. A cada vez que ele pegava na bola, um burburinho crescente era iniciado. Caso a jogada não desse em nada, suspiros decepcionados podiam ser notados. Quando esta culminava em gol, o burburinho crescia até explodir em comemorações e gritos lembrando seu apelido.

Ao final de cada jogo, o artilheiro era tietado por vários torcedores, que se apoiavam nas arquibancadas em busca de um autógrafo do mais novo ídolo. Pula, com a maior paciência do mundo, atendia a todos, com sorriso no rosto. A torcida, feliz, o parabenizava pelas atuações e os gols.

Isso mexeu com Pula. Há muitos anos atuando na Rússia, o fixo revelou sentir falta do calor do torcedor brasileiro. “É diferente. Muito diferente. Atuar no Brasil, com a torcida ao seu lado, mexe com qualquer atleta. Para mim, que sou brasileiro, é ainda mais emocionante”, derrete-se o jogador.

O contrato do atleta com a equipe do Dínamo Yamal Moscou termina no meio do próximo ano. Ele revela ter três propostas para analisar. Uma delas é do próprio futsal russo. A outra seria do futsal espanhol e a terceira, de uma equipe brasileira. “Terei tempo para escolher, mas seria muito bom atuar no futsal brasileiro novamente.”

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