Capitão Vinícius analisa momento da Seleção Brasileira

21-02-2011 10:43


Vinicus (E) conversa com Betão. Capitão analisa time perto da Copa do Mundo

Esfahan (Irã) - Considerado um dos melhores jogadores do mundo na atualidade, o capitão da Seleção Brasileira de Futsal, Vinícius, analisou o momento que atravessa o Brasil. Para ele, a proximidade da Copa do Mundo de Futsal e a necessidade dos atletas se afirmarem como possíveis convocados para a maior competição do esporte, dará o mote do time nos próximos meses.

Vinícius explica que a mentalidade do jogador brasileiro é a de convencer a comissão técnica de que ele pode estar presente na convocação final. “Nós buscamos dar o melhor de nós em cada jogo que atuamos, buscando convencer a comissão técnica de que podemos ser convocados para a Copa do Mundo, que eles podem confiar em nós”, disse.

Mas o capitão do time explica que por muitas vezes o jogador não entende que o atleta tem que ter uma sequência. “Por vezes pensamos que se formos bem em uma partida, já convencemos o técnico. Mas a comissão técnica avalia o atleta de médio a longo prazo, observando o comportamento de cada um em cada convocação”, disse.

Os tropeços que o Brasil teve nos últimos seis meses, com dois revezes contra Espanha, na final do Grand Prix e contra a Rússia, em amistoso no mês passado, têm explicação, avalia Vinícius. “Ocorreram pois o nível das seleções mundiais estão muito parecidos, muito iguais. Os selecionados cada vez se conhecem mais e isso (a derrota) pode ocorrer.”

Mas há o alerta de que não se pode pensar que as derrotas, principalmente a contra a Espanha, ocorreu por mera casualidade. “Se pensarmos assim, voltaremos a perder dois mundiais seguidos. Nós vencemos a Espanha na Copa do Mundo de 2008, pois entendemos que eles estavam bem, e que precisaríamos nos preparar mais ainda para batê-los, como ocorreu.”

Diferenças de estilos
Um ponto destacado pelo atleta é que a Espanha, hoje, conta com um conjunto mais fechado que o brasileiro. Como os espanhóis não contam com muitos jogadores selecionáveis, eles acabam fechando o grupo da seleção quase sempre com os mesmos atletas, o que os torna um time mais acertado taticamente e com mais entrosamento.

No Brasil, como há muitos tipos de variações táticas, além de grande riqueza na variedade de jogadores, há maior dificuldade para se escolher o selecionado. “Isso acaba jogando contra nós, por mais incrível que pareça. A variedade de talentos age como um contraponto à facilidade de se atingir o ápice no entrosamento, por exemplo.”

Finalizando, Vinícius explica que o que move o jogador para o sucesso dentro da seleção é a entrega e a atitude. “Se você se entrega no clube, irá fazer o mesmo na seleção. Se você tem atitude dentro do clube, terá na seleção. O atleta deve participar ativamente do dia a dia da seleção, buscar informações, se entregar, esquecer seus problemas, cumprir as normas na seleção. Ele precisa saber que o sucesso ou o insucesso do selecionado passa por ele.”

“Não adianta se gabar na vitória e olhar para o lado na derrota. A responsabilidade de defender o Brasil é muito grande, por todo o contexto histórico envolvido. Você, como atleta precisa dar sempre algo a mais que acha que pode. Assim, poderá lutar pelo posto mais alto”, enfatiza o capitão brasileiro.

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