A EQUIPE (OS JOGADORES)

16-07-2010 22:23

A grandeza de uma equipe depende, única e exclusivamente, da intensidade dos treinos físicos, técnicos e táticos dos seus jogadores, não só em busca da habilidade individual, mas também da automatização dos conceitos elementares do chamado “jogo de equipe”.

Quando um atleta é escolhido para integrar uma equipe, ele perde o direito de fazer o que bem entende durante o treino, ou jogo. A partir daquele momento a sua atuação estará subordinada aos interesses dos demais companheiros e da equipe.

O valor e a projeção de uma equipe são o reflexo da qualidade da preparação física, da qualidade técnica e das condições morais e materiais proporcionados aos seus integrantes. De nada vale uma excelente qualidade técnica, se estiver separada da preparação física e vice-versa. O mesmo acontece com a equipe que tem boa preparação física igual à qualidade técnica, e é desprovida de cobertura moral e material.

A preparação física, além dos benefícios que transporta, é preventiva contra acidentes. E, além disso, tem como fundamento essencial, possibilitar aos atletas a fuga ao cansaço nos treinos e jogos. O cansaço é o maior inimigo físico e psicológico do atleta. O cansaço em demasia exerce influência na diminuição do raciocínio.

Um atleta terá de conseguir integrar a equipe convocada sempre por mérito próprio e nunca pelo fracasso dos seus colegas.

A partir do momento em que um atleta é integrado numa equipe, ele estará assumindo um compromisso de honra para atuar em perfeita sintonia, absoluta solidariedade e com o mais profundo respeito aos outros companheiros, perdendo, por conseguinte o direito de tomar iniciativas pessoais que possam ser prejudiciais à equipe.

O membro da equipe, que insiste em atuar seja no treino ou no jogo, sem tomar conhecimento das instruções da equipe técnica e da presença dos demais jogadores, cometendo erros consecutivos – de propósito, por relaxamento ou displicência - além de demonstrar acentuada falta de educação, não está a contribuir para o perfeito funcionamento das partes e conseqüentemente, o êxito do conjunto.

Nos desportos coletivos o atleta não é totalmente livre. O seu comportamento é subordinado, não só aos companheiros, como, principalmente, aos interesses da equipe. Não pode, portanto, fazer o que bem entende, porque ele não é a equipe. É apenas uma parte dela.

O atleta, por melhor que seja, individualmente, mas desgarrado do espírito e dos objetivos dos outros companheiros, torna-se um elemento inútil e prejudicial à equipe.

A transferência de responsabilidade é uma deficiência moral que sempre existiu, mas que se manifesta em todas as áreas de atividade, sendo um hábito feio, próprio de pessoas desprovidas de personalidade, honestidade e firmeza de caráter. No setor desportivo, ocorre quando o atleta, para ficar em paz com a sua consciência, procura justificar o seu fracasso e o conseqüente insucesso da equipe, culpando os companheiros, a atuação da arbitragem e, em último caso, responsabilizando também a direção técnica. Mas o pior de tudo é quando o atleta não reconhece as suas deficiências e não corrige os seus erros.

O atleta que se propõe participar num jogo de responsabilidade, sem estar física e tecnicamente preparado, nem tão pouco entrosado na equipe, demonstra imprudência e desonestidade.

Uma equipe composta de jogadores “covardes”, irresponsáveis, indisciplinados e indiferentes à vitória ou à derrota, dificilmente conseguirá obter nas competições, resultados positivos que sejam dignos de louvores.



 

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