QUANDO A ANSIEDADE "COMPETE" COM A COMPETIÇÃO

04-06-2010 15:33

                               A ANSIEDADE

É um sentimento de apreensão desagradável, vago, acompanhado de sensações físicas como vazio (ou frio) no estomago(ou na espinha), pressão no peito, palpitações, transpiração, dor de cabeça, falta de ar, dentre várias outros sintomas.

A ansiedade é um sinal de alerta que adverte sobre perigos iminentes e capacita o indivíduo a tomar medidas para enfrentar ameaças. A Ansiedade é uma resposta a uma ameaça desconhecida, vaga. Ela prepara o indivíduo para lidar com situações potencialmente danosas, como punições ou privações, ou qualquer ameaça a unidade ou integridade pessoal, tanto física como moral. Desta forma, a ansiedade prepara o organismo a tomar as medidas necessárias para impedir a concretização desses possíveis prejuízos, ou pelo menos diminuir suas consequências. Portanto a ansiedade é uma reação natural e necessária para a auto-preservação. Não é um estado normal, mas é uma reação normal, assim como a febre não é um estado normal, mas uma reação normal a uma infecção.

 

As reações de ansiedade normais não precisam ser tratadas por serem naturais e auto-limitadas. A ansiedade é um acompanhamento normal do crescimento, da mudança, de experiência de algo novo e nunca tentado, e do encontro da nossa própria identidade e do significado da vida. A tensão oriunda do estado de ansiedade pode gerar comportamento agressivo sem com isso se tratar de uma ansiedade patológica.

Os estados de ansiedade anormais, que constituem síndromes de ansiedade são patológicas e requerem tratamento específico.  A ansiedade patológica, caracteriza-se pela excessiva intensidade e prolongada duração proporcionalmente à situação precipitante. Ao invés de contribuir com o enfrentamento do objeto de origem da ansiedade, atrapalha, dificulta ou impossibilita a adaptação.

ALGUNS SINTOMAS

·         Aceleração da frequência cardíaca ou sensação de batimento desconfortável.

·         Sudorese (suor) difusa ou localizada ( mãos ou pés)

·         Tremores finos nas mãos ou extremidades ou difusos em todo o corpo.

·         Sensação de sufocação ou dificuldade de respirar

·         Sensação de desmaio iminente

·         Dor ou desconforto no peito ( o que leva muitas pessoas a acharem que estão tendo um ataque cardíaco)

·         Naúsea ou desconforto abdominal

·         Tonteiras, instabilidade, sensação de estar com a cabeça leve ou vazia,

·         Medo de falhar e não conseguir concretizar os objetivos.

·         Enrubescimento ou ondas de calor, calafrios pelo corpo.

               CONHECENDO SEUS ATLETAS

É de extrema importância que os treinadores tenham conhecimento de que este problema afeta ( e de que maneira) a atuação dos seus atletas antes, durante e depois do jogo. Reconhecendo alguns sinais de alerta , poderão ser diminuidos os efeitos nocivos e colaterais que a ansiedade e o medo inerente podem causar ao atleta, despertando uma ineficácia eminente no desenvolvimento das estratégias traçadas. É de extrema necessidade que o treinador conheça o atleta com quem se trabalha.

Antes dos jogos, ou durante a semana de treinos poderão ocorrer manifestações de ansiedade (nervosismo, intolerância, apreensão, etc), sobretudo se o atleta é inexperiente e / ou irá ser confrontado com uma situação competitiva nova, onde o grau de exigência dos objetivos do jogo é elevado ou simplesmente porque o medo de desiludir quem acreditou no seu potencial poderá ser posto em causa.

No momento que antecede o jogo os picos de ansiedade poderão ser mais elevados, dado que o momento é crucial. Em todas as situações o treinador deve preparar os seus atletas no sentido de minimizar as condições favoráveis à propagação da ansiedade, dialogando com eles ( em grupo ou individualmente), “aliviando-os” de certa forma de algum peso que lhes acarreta. Dessa forma, poderá ajudar o atleta a potencializar as suas prestações desportivas, potencializando um crescimento saudável, apoiado e sustentado, promovendo um atleta preparado adequadamente para a competição.

                            Baseado no Blogspot de Carlos Martins

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